Monday 23 August 2010

Versoes & Especulacoes [R]*



*[Postado inicialmente a o6/06/10 - Repostado, primeiro em referencia a esta materia, e hoje apenas como um lembrete sobre quem falou primeiro (em tom de contralto agudo) em "transaccao de mercado" e, mesmo antes disso, quem foi mais especifico caracterizando-a (em tom de baritono desmedido) como uma "OPA"... Nao, nos Congoleses, Sao Paulo ou Ajuda Marido nao se realizam "OPAs", hostis ou nao...]


O negócio está a levantar preocupações sobre a liberdade de imprensa, reforçadas pela mudança de direcção no Semanário Angolense.

Um dos primeiros efeitos da compra deste último jornal – que, nas suas investigações, tem tido como um dos alvos mais frequentes o presidente da empresa petrolífera Sonangol, Manuel Vicente – foi a saída do fundador e director, Graça Campos, e o fim da colaboração de Rafael Marques.

[Publico] - Aqui

Tratou-se de uma transacção ditada exclusivamente por questões de mercado, traduzida no formato mais comum em casos do género: uma empresa fez uma oferta de aquisição a outra. Foi uma operação comercial semelhante a muitas outras.

Durante o processo negocial foi- me oferecida a cadeira que ocupo até hoje. Entendo que preciso, para já, de passar para o ‹‹banco da trás›› do jornalismo para dar respostas a alguns projectos pessoais que a dinâmica de um jornal não permite. O regresso à escrita nesta ou noutra publicação vai acontecer a seu tempo.

Diremos apenas que o primeiro «aproach» entre a Media Invest e o SA teve lugar em Fevereiro.

[Graca Campos] - in SA#370


*****

OBSERVACOES

Para la’ das versoes e especulacoes, parece-me suficientemente claro que se tratou aqui de uma transaccao de mercado – como, alias, a caracterizam tanto o comprador como o vendedor envolvidos –, num mercado cujas tendencias eu aqui recentemente abordei em algum detalhe, em que o poder e o dinheiro falaram mais alto… de ambos os lados!

De facto, numa transaccao de mercado desse tipo (mesmo porque ela nao ocorreu numa bolsa de valores, ou atraves de qualquer outro tipo de operacao em mercado aberto...), hostil ou nao, ninguem e’ “obrigado” a vender… particularmente quando se diz (usando as proprias palavras de Graca Campos no seu "testamento") ser “lebre e nao gato”, que “nao se negociou com a corda ao pescoco”, se e’ “lider do mercado” e “ninguém, absolutamente ninguém, entra neste negócio para perder dinheiro. Nem mesmo quem tenha também razões políticas”!

Um dado curioso desta saga, e que pode levar ao questionamento da nocao de que esta tenha sido uma "OPA hostil" apenas iniciada em Fevereiro (e que talvez lance nova luz sobre as reviravoltas de 360 graus na linha editorial do jornal a que me referia aqui e aqui - uma vez que, supostamente, era preciso tornar o jornal "mais apetecivel" aos potenciais compradores...), e' que, a paginas tantas (mais precisamente na pagina 6 da edicao do SA em apreco) se relata "o ultimo ano novo com o Gracita" (2009/10) afirmando-se que "(...) na mesma altura, embora parecesse que estivesse a brincar (e por isso quase ninguém o levou muito a sério) ele já aventava a possibilidade da publicação vir a trocar de patrão. Como de resto, acabou por acontecer". (...)

Outra questao que me parece, pelo menos perante a evidencia apresentada ate’ agora, ser apenas do dominio da especulacao, e’ a ligacao de Rafael Marques a esta alegada “OPA hostil”. Ora, se ela teve inicio em Fevereiro, dificilmente se lhe pode estabelecer uma ligacao directa com as ultimas investigacoes de Rafael Marques que, tanto quanto julgo saber, apenas comecaram a ser publicadas no SA nas ultimas semanas, depois de, pelo menos parte delas, ja’ terem sido divulgadas no seu blog pessoal… Por outro lado, que eu saiba (e um indicador disso e’ que na lista de colaboradores, passados e presentes, “arrolada” por Graca Campos no seu “testamento” o seu nome nao consta) Rafael Marques nunca foi um colaborador permanente do SA…

Em suma, com o devido respeito, parece-me que alguns “epigonos” de alguma imprensa privada angolana, e tambem alguns observadores estrangeiros, prestariam um grande servico a si proprios, a liberdade de imprensa, a democracia e a cidadania dos angolanos, se deixassem de andar sempre “atras do prejuizo” e a tentar fazer-se passar sempre por “vitimas do poder” quando, na realidade, em muitos casos [eu que o diga! (1)...; eu que o diga! (2)...; eu que o diga! (3)...; eu que o diga! (4))...; eu que o diga! (5) ...], sao apenas “vitimas de si proprios” ou do “seu proprio poder”… Por exemplo, excepto num caso, nao vi qualquer desmentido ou esclarecimento sobre as denuncias, aparentemente crediveis, feitas aqui nao ha’ muito tempo sobre benesses varias recebidas desse mesmo “poder” por alguns desses mesmos “epigonos”…


[Enfim, estamos verdadeiramente paiados por todos os lados!]


Post relacionado: SA (R.I.P.)?






*[Postado inicialmente a o6/06/10 - Repostado, primeiro em referencia a
esta materia, e hoje apenas como um lembrete sobre quem falou primeiro (em tom de contralto agudo) em "transaccao de mercado" e, mesmo antes disso, quem foi mais especifico caracterizando-a (em tom de baritono desmedido) como uma "OPA"... Nao, nos Congoleses, Sao Paulo ou Ajuda Marido nao se realizam "OPAs", hostis ou nao...]


O negócio está a levantar preocupações sobre a liberdade de imprensa, reforçadas pela mudança de direcção no Semanário Angolense.

Um dos primeiros efeitos da compra deste último jornal – que, nas suas investigações, tem tido como um dos alvos mais frequentes o presidente da empresa petrolífera Sonangol, Manuel Vicente – foi a saída do fundador e director, Graça Campos, e o fim da colaboração de Rafael Marques.

[Publico] - Aqui

Tratou-se de uma transacção ditada exclusivamente por questões de mercado, traduzida no formato mais comum em casos do género: uma empresa fez uma oferta de aquisição a outra. Foi uma operação comercial semelhante a muitas outras.

Durante o processo negocial foi- me oferecida a cadeira que ocupo até hoje. Entendo que preciso, para já, de passar para o ‹‹banco da trás›› do jornalismo para dar respostas a alguns projectos pessoais que a dinâmica de um jornal não permite. O regresso à escrita nesta ou noutra publicação vai acontecer a seu tempo.

Diremos apenas que o primeiro «aproach» entre a Media Invest e o SA teve lugar em Fevereiro.

[Graca Campos] - in SA#370


*****

OBSERVACOES

Para la’ das versoes e especulacoes, parece-me suficientemente claro que se tratou aqui de uma transaccao de mercado – como, alias, a caracterizam tanto o comprador como o vendedor envolvidos –, num mercado cujas tendencias eu aqui recentemente abordei em algum detalhe, em que o poder e o dinheiro falaram mais alto… de ambos os lados!

De facto, numa transaccao de mercado desse tipo (mesmo porque ela nao ocorreu numa bolsa de valores, ou atraves de qualquer outro tipo de operacao em mercado aberto...), hostil ou nao, ninguem e’ “obrigado” a vender… particularmente quando se diz (usando as proprias palavras de Graca Campos no seu "testamento") ser “lebre e nao gato”, que “nao se negociou com a corda ao pescoco”, se e’ “lider do mercado” e “ninguém, absolutamente ninguém, entra neste negócio para perder dinheiro. Nem mesmo quem tenha também razões políticas”!

Um dado curioso desta saga, e que pode levar ao questionamento da nocao de que esta tenha sido uma "OPA hostil" apenas iniciada em Fevereiro (e que talvez lance nova luz sobre as reviravoltas de 360 graus na linha editorial do jornal a que me referia aqui e aqui - uma vez que, supostamente, era preciso tornar o jornal "mais apetecivel" aos potenciais compradores...), e' que, a paginas tantas (mais precisamente na pagina 6 da edicao do SA em apreco) se relata "o ultimo ano novo com o Gracita" (2009/10) afirmando-se que "(...) na mesma altura, embora parecesse que estivesse a brincar (e por isso quase ninguém o levou muito a sério) ele já aventava a possibilidade da publicação vir a trocar de patrão. Como de resto, acabou por acontecer". (...)

Outra questao que me parece, pelo menos perante a evidencia apresentada ate’ agora, ser apenas do dominio da especulacao, e’ a ligacao de Rafael Marques a esta alegada “OPA hostil”. Ora, se ela teve inicio em Fevereiro, dificilmente se lhe pode estabelecer uma ligacao directa com as ultimas investigacoes de Rafael Marques que, tanto quanto julgo saber, apenas comecaram a ser publicadas no SA nas ultimas semanas, depois de, pelo menos parte delas, ja’ terem sido divulgadas no seu blog pessoal… Por outro lado, que eu saiba (e um indicador disso e’ que na lista de colaboradores, passados e presentes, “arrolada” por Graca Campos no seu “testamento” o seu nome nao consta) Rafael Marques nunca foi um colaborador permanente do SA…

Em suma, com o devido respeito, parece-me que alguns “epigonos” de alguma imprensa privada angolana, e tambem alguns observadores estrangeiros, prestariam um grande servico a si proprios, a liberdade de imprensa, a democracia e a cidadania dos angolanos, se deixassem de andar sempre “atras do prejuizo” e a tentar fazer-se passar sempre por “vitimas do poder” quando, na realidade, em muitos casos [eu que o diga! (1)...; eu que o diga! (2)...; eu que o diga! (3)...; eu que o diga! (4))...; eu que o diga! (5) ...], sao apenas “vitimas de si proprios” ou do “seu proprio poder”… Por exemplo, excepto num caso, nao vi qualquer desmentido ou esclarecimento sobre as denuncias, aparentemente crediveis, feitas aqui nao ha’ muito tempo sobre benesses varias recebidas desse mesmo “poder” por alguns desses mesmos “epigonos”…


[Enfim, estamos verdadeiramente paiados por todos os lados!]


Post relacionado: SA (R.I.P.)?




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