Wednesday 6 April 2011

Ola’ Matadi!…



Este e’ um ola’ atirado “as cegas” ‘a cortina, por vezes de fumo, por vezes de ferro, que nos vai transformando cada vez mais em “surdos-mudos” (e “cegos”?), mesmo quando usamos meios, como este, inventados supostamente para “nos aproximar e facilitar-nos a comunicacao”…

E’ um ola’ a um velho amigo que, ‘a falta de outra referencia mais recente, incluiria na minha Geracao R – uma geracao em que alguns interiorizaram de tal modo a “rejeicao” que, talvez por nao encontrarem outra saida, nela se 'perderam', enquanto outros, contra ventos, mares e calemas decidiram “rejeita-la” e passar ao largo dela para se afirmarem pessoal, cultural, social e profissionalmente como cidadaos dignos, responsaveis, validos e uteis a sociedade.

Mas creio que todos teremos passado, embora uns mais do que outros e cada um a seu modo, pelos dois lados da reaccao a tal “rejeicao”, e andamos por ai, com maior ou menor sucesso, fazendo a vida e tratando dela – menos os que ficaram pelo caminho e nos abandonaram neste mundo (como este nosso contemporaneo).

E’ um ola’ a um amigo, do que chamaria um pequeno circulo, embora nao exclusivo nem exclusivista e, em grande medida, precario e intermitente, que se manteve em contacto desde os tempos do movimento associativo estudantil de 74/75, se separou entretanto e se voltou a reencontrar, apenas brevemente em alguns casos, na primeira parte da decada de 80.

Ele era um dos poucos que me visitava regularmente sem constrangimentos no(s) meu(s) kubiko(s), quer no do predio da Novembro/Sociborda, quer no do Kinaxixi. Ficavamos a conversa um pouco sobre tudo e nada, ou jogavamos xadrez – demonstrando a nos proprios e a ‘todo o mundo’ que nisso pudesse estar interessado que e’ (sim!) possivel a Amizade e o Respeito Mutuo entre um Homem e uma Mulher sem que a sua relacao tenha forcosamente que envolver sexo e sem que por isso as suas respectivas masculinidade e feminilidade, ou mais precisamente a sua sexualidade, tenham que ser "questionadas"! … Mesmo quando “sozinhos em casa”… o que me lembra aqui, en passant, de uma outra grande amizade masculina nos mesmos moldes na minha vida, que “herdara” das amizades da minha mae, portanto de uma geracao que se separava da nossa por pelo menos uma decada: o Victor Simoes Alexandre (...que saudades…)!

[But, again, that's what separates de The Men from the boys and The Women from the girls!...]

Ja’ nao vejo o Matadi desde aqueles tempos, uns bons 25-30 anos, e apenas voltei a ouvir falar dele pela primeira vez brevemente quando o Buca, outro nosso contemporaneo, esteve comigo em Cape Town ha’ cerca de 5 anos e, mais recentemente, no ano passado, quando soube desta iniciativa dele e de outros seus colegas aquando da tragedia do Haiti. E agora, ha’ alguns dias, atraves desta entrevista, que, para alem de noticias da minha geracao, tambem me deu outras noticias do meu pais.

Mas talvez mais do que um ola’ a um contemporaneo, trata-se de um ola’ a um tempo de angustias ‘a mistura com esperancas; um tempo de desenganos e de busca de certezas…



Este e’ um ola’ atirado “as cegas” ‘a cortina, por vezes de fumo, por vezes de ferro, que nos vai transformando cada vez mais em “surdos-mudos” (e “cegos”?), mesmo quando usamos meios, como este, inventados supostamente para “nos aproximar e facilitar-nos a comunicacao”…

E’ um ola’ a um velho amigo que, ‘a falta de outra referencia mais recente, incluiria na minha Geracao R – uma geracao em que alguns interiorizaram de tal modo a “rejeicao” que, talvez por nao encontrarem outra saida, nela se 'perderam', enquanto outros, contra ventos, mares e calemas decidiram “rejeita-la” e passar ao largo dela para se afirmarem pessoal, cultural, social e profissionalmente como cidadaos dignos, responsaveis, validos e uteis a sociedade.

Mas creio que todos teremos passado, embora uns mais do que outros e cada um a seu modo, pelos dois lados da reaccao a tal “rejeicao”, e andamos por ai, com maior ou menor sucesso, fazendo a vida e tratando dela – menos os que ficaram pelo caminho e nos abandonaram neste mundo (como este nosso contemporaneo).

E’ um ola’ a um amigo, do que chamaria um pequeno circulo, embora nao exclusivo nem exclusivista e, em grande medida, precario e intermitente, que se manteve em contacto desde os tempos do movimento associativo estudantil de 74/75, se separou entretanto e se voltou a reencontrar, apenas brevemente em alguns casos, na primeira parte da decada de 80.

Ele era um dos poucos que me visitava regularmente sem constrangimentos no(s) meu(s) kubiko(s), quer no do predio da Novembro/Sociborda, quer no do Kinaxixi. Ficavamos a conversa um pouco sobre tudo e nada, ou jogavamos xadrez – demonstrando a nos proprios e a ‘todo o mundo’ que nisso pudesse estar interessado que e’ (sim!) possivel a Amizade e o Respeito Mutuo entre um Homem e uma Mulher sem que a sua relacao tenha forcosamente que envolver sexo e sem que por isso as suas respectivas masculinidade e feminilidade, ou mais precisamente a sua sexualidade, tenham que ser "questionadas"! … Mesmo quando “sozinhos em casa”… o que me lembra aqui, en passant, de uma outra grande amizade masculina nos mesmos moldes na minha vida, que “herdara” das amizades da minha mae, portanto de uma geracao que se separava da nossa por pelo menos uma decada: o Victor Simoes Alexandre (...que saudades…)!

[But, again, that's what separates de The Men from the boys and The Women from the girls!...]

Ja’ nao vejo o Matadi desde aqueles tempos, uns bons 25-30 anos, e apenas voltei a ouvir falar dele pela primeira vez brevemente quando o Buca, outro nosso contemporaneo, esteve comigo em Cape Town ha’ cerca de 5 anos e, mais recentemente, no ano passado, quando soube desta iniciativa dele e de outros seus colegas aquando da tragedia do Haiti. E agora, ha’ alguns dias, atraves desta entrevista, que, para alem de noticias da minha geracao, tambem me deu outras noticias do meu pais.

Mas talvez mais do que um ola’ a um contemporaneo, trata-se de um ola’ a um tempo de angustias ‘a mistura com esperancas; um tempo de desenganos e de busca de certezas…

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